A partir da atual conjuntura econômica que o país está vivenciando não é difícil encontrar alguém se queixando do mercado. Nesse mesmo segmento, também não é difícil de encontrar eventos que evidenciam esse tema, discutindo desafios, perspectivas e também soluções para fazer a engrenagem dos negócios girar.
Porém, há quem acredite que, estar ou não vivenciando essa tal crise depende, sobretudo, da forma com que se passa a enxergar o mercado. De acordo com o empresário varejista Edison Tamascia, que está no mercado farmacêutico há 40 anos, falar ou se posicionar de maneira negativa em relação à situação não é a solução.
Segundo ele, “falar de crise é contraproducente, invariavelmente causa um efeito contrário daquilo que buscamos para as nossas empresas, que é a prosperidade”. Sendo assim, ele prefere trocar assuntos relacionados à baixa lucratividade, diminuição do faturamento, aumento dos custos operacionais ou agressividade dos concorrentes por bons resultados que alguns empresários estão comemorando.
Ainda segundo sua avaliação, nenhum setor está isento de passar por dificuldades, mas é melhor administrar um empreendimento, cujo objetivo é o desenvolvimento, lucratividade e crescimento, do que discutir crise. “Todos que resolvem empreender têm, conceitualmente, os mesmos objetivos, mas, na minha visão, o que vai fazer a diferença são as características da pessoa que está à frente”, afirma Tamascia.
Em outras palavras, não basta ser empresário, é preciso ser empreendedor. Se mostrar proativo é uma boa solução para não se deixar levar pela maré de vibrações negativas. “Além de ser criativo, aceitar riscos, confiar na própria capacidade, ter persistência, proatividade, otimismo e não desistir nas dificuldades deve fazer parte do pensamento de uma pessoa que visualiza o futuro e se propõe a construí-lo”, acrescenta o empresário.
Para concluir, Tamascia ainda endossa com o seguinte pensamento: “Não adianta falarmos de crise e participarmos de seminários para entender o tamanho da dificuldade; não adianta acharmos que nosso futuro está apenas nas mãos dos economistas ou governantes, é preciso ter a clareza e a certeza de que o sucesso ou o fracasso da sua empresa estão nas atitudes e na coragem que se tem de correr riscos e não desistir nunca, mesmo quando tudo parece perdido”.