De acordo com Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL), existem no Brasil 57,6 milhões de inadimplentes. Isto significa dizer que, 39% da população brasileira adulta está com o nome sujo ou tem uma conta pendente. O que mais preocupa, na verdade, é que este número só tende a crescer, tendo em vista que no último ano mais 1 milhão de pessoas entraram para esta estatística.
Esta realidade precisa ser transformada, pois as dívidas são como bolas de neves e quando se acumulam provocam problemas financeiros para toda à família, comprometendo até mesmo necessidades básicas.
Levando em consideração esta situação que aflige milhares de brasileiros, o educador financeiro e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, dá algumas orientações.
“Nesse momento, não adianta ficar achando culpados; é hora de arregaçar as mangas e ir atrás do prejuízo. O grande segredo é corrigir a causa do problema, não somente as consequências”, explica o profissional. Assim, ainda segundo o especialista, é ideal se organizar e criar estratégias para sair das dívidas. Neste sentido, Domingos oferece sete passos para se livrar da inadimplência.
Sete dicas para organizar a vida financeira
“O que os brasileiros devem fazer é se se informar mais, para corrigir hábitos e comportamentos errôneos e enraizados em relação ao uso e à administração dos recursos financeiros, que os levam a pagar juros altíssimos e, consequentemente, à inadimplência”, alerta o educador financeiro. E completa com orientações para organizar a vida financeira:
- Primeiro passo: Faça uma reflexão sobre os hábitos e comportamentos que culminam na inadimplência. Em outras palavras, é preciso reconhecer de que forma e em que o seu dinheiro está sendo gasto;
- Passo dois: Realizar o diagnóstico financeiro do mês, anotando os gastos que são feitos durante 30 dias e separando cada um deles por tipo de despesa, desde os gastos pequenos até os maiores;
- Terceiro passo: Priorizar os sonhos relacionando-os em três categorias: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo (acima de dez anos) prazo. O mais importante, porém, é reservar um deles para sair das dívidas;
- Quarto passo: Depois de fazer o diagnóstico financeiro, você pode estabelecer os seus gastos e saber quais podem ser evitados mensalmente;
- Passo quinto: O dinheiro economizado no mês deve ser aplicado em algum investimento, para não ter dúvidas é importante consultar um especialista;
- Sexto passo: Organizar as dívidas é uma forma de visualizar melhor suas condições financeiras, por esta razão, separe as que são fixas (água, energia elétrica, gás e aluguel) das demais (cartão de crédito e cheque especial);
- Último passo: Apenas procure o credor quando souber os valores mensais que você tem disponível mensalmente. Assim, é importante ter em mente que as dívidas só podem ser pagas quando houver um planejamento, pois um passo precipitado pode piorar a situação ainda mais.